sexta-feira, 25 de maio de 2012
Escrever porquê?
Escrever, escrever. Tenho de escrever.
Mas escrever o quê? Para quê? Porquê? E para quem?
Perdi o entusiasmo, a paixão. Perdi o ânimo.
Apagou-se a chama que havia em mim, e o vento levou a minha alegria com ele.
Sorrir, dançar, correr, gritar, lutar, perdi a vontade de tudo isto.
Perdi a vontade de sonhar. Ganhei o pior: a dura realidade.
A dura e triste realidade que se assemelha à velha carpideira, que nos mói a cabeça, nos entristece o olhar e nos mata a alma.
Escrever porquê? E para quê? Se a única coisa de que sei falar é desta dor que me dilacera o peito. Uma alma vazia de sentimentos bons. Uma alma que dá as boas-vindas ao desespero e abraça a desilusão como se de uma amiga se tratasse.
Não quero espalhar este sentimento atroz, que se pega como uma doença.
Dor. Dor é o maior peso que carrego, e o único que a velha e dura realidade me permite carregar.
Por isso não escrevo. Escrever porquê? Para quê? Para quem?
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