Tu (confissão)

Mais uma vez, no escuro. Mais uma vez, em busca da tua luz.
A luz do teu sorriso, da tua voz, do brilho do teu olhar. Essa luz que me aqueceu e me fez brilhar durante o que pareceram apenas segundos, mas que desejava que fosse a eternidade. Porque será que temo tanto a tua reação? Porque me torno num ser tão emocional, porque perco toda a Razão sempre que me sorris? Porque é que o meu mundo parece vazio e prestes a ruir quando não sei de ti? Bebo cada uma das tuas palavras, como se fossem o mais doce dos néctares, como se fossem um oásis no meio do meu deserto. O teu rosto, observo e analiso cada um dos teus traços, como se neles estivesse guardado o segredo do Universo. Quero saber todos os teus pensamentos, todos os teus segredos, quero guardar todos momentos como se fossem imprescindíveis, quero ser o ombro de que precisas para cada uma das tuas lágrimas, quero ser o consolo para cada uma das tuas mágoas. Quero ter-te para mim, mesmo sabendo que posso nunca te ter. Quero ser tua amiga, tua confidente, tua companheira, tua amante, tua amada. Quero-te, desejo-te, amo-te. É este o meu segredo, é esta a minha perdição. É esta a minha confissão. Amo-te.