terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Ceder

«(...)Ele olhou-a nos olhos. Ela estava encostada à parede,chorava baixo enquanto o via empunhar a arma. Não percebia o que tinha feito para merecer aquilo. Só via ódio nos olhos dele. "Porquê eu?", pensou ela.
"Tu vens comigo.",ordenou. "Pouco barulho."
Ela só teve forças para acenar com a cabeça e gemer baixinho quando ele lhe encostou a arma à nuca. "Nada de ideias idiotas,já deves ter percebido." Ele empurrou-a em direcção à porta.
"Para onde me levas? Porque estás a fazer - " Ele deu-lhe com a corunha da arma para a calar.
"Calada! Aqui quem fala sou eu! Anda!"
Ela chorava baixinho. Queria ter coragem de se virar para ele e perguntar-lhe por que estava a fazer isto, mesmo que se arriscasse a levar um tiro. Mas não conseguia. O seu próprio corpo não respeitava as ordens do seu cérebro. Queria fugir, gritar por ajuda, mas nenhuma parte do seu corpo lhe obedecia. Só se questionava por que lhe fazia isto.
"Entra no carro. Agora! Ninguém te vai ouvir se gritares, é a parte boa de se viver no meio do nada,não é?", e riu-se. Um riso assustador, quase maníaco.
Isso conseguiu fazê-la ceder por completo. Desmaiou.(...)»

1 comentário:

  1. é para tu veres xD nunca vás a nenhum. privam-nos de desejos *.*
    oh filha, andas aqui toda in love!

    ResponderEliminar